domingo, 1 de abril de 2012


Orçamento contempla o Contorno, dizem deputados de Maringá

Edmundo Pacheco

Os deputados federais por Maringá, Edmar Arruda (PSC), Odílio Balbonoti (PMDB), Luiz Nishimori (PSDB) e Cida Borguetti (PP) receberam com surpresa a informação do ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, de que o governo não tem dinheiro para retomar a obra do Contorno Norte.
"Quando pararam a construção, fizeram o orçamento e não puseram o dinheiro que faltava. Agora, o Ministério do Planejamento tem que remanejar dinheiro para tocar a obra", declarou Bernardo.
Presidente da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados (CFFC), Arruda disse que existem recursos previstos para a continuidade das obras e que o problema é político. "Entendo que a obra é uma prioridade e não pode ficar parada.
Essa desculpa de falta de recursos não cola, porque o remanejamento pode ser feito a qualquer momento, sem problema algum. Depende apenas de vontade política. Se houver vontade política resolve-se o problema já, se não, vão ficar esperando as eleições para fazer depois", afirmou.
Já Nishimori destaca o esforço que foi feito para reverter a paralisação junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), inclusive, com vistoria da Comissão de Fiscalização do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Os deputados visitaram a obra, viram a importância dela para Maringá, negociaram a liberação junto ao TCU. Depois, eu pessoalmente estive nos ministérios e em momento algum falaram que não havia previsão no orçamento", ressalta.
Para Nishimori, a declaração do ministro soou estranha. "Se for isso mesmo, é uma falha muito do governo. Se tivessem informado, seria possível a bancada do Paraná se reunir e viabilizar o recurso. Pensávamos que estava tudo certo. Acho que não é falta de articulação da bancada. Se existe uma articulação política é por causa das eleições. E aí quem perde é o povo e eu não posso concordar com uma coisa dessas", declara.
Balbinoti disse desconhecer o problema. "Eu fiquei fora este tempo e não acompanhei a questão. Se for verdade que não está prevista no orçamento, temos que reunir a bancada paranaense, os deputados da região, inclusive, os senadores, para viabilizar isso", defende.
Ele promete apurar a informação e reunir os deputados logo depois da Semana Santa, para buscar uma solução. "Na terça-feira, dia 10, estarei lá e vou reunir a bancada para fazer pressão política em cima do governo, para liberar os recursos o mais rápido possível", disse.
Cida Borghetti também contestou Paulo Bernardo. Segundo ela, os recursos para a conclusão do Contorno constam do Orçamento Geral da União de 2012. Ela concorda que faltam R$ 63 milhões, como disse o ministro, e prometeu todo esforço e articulação política necessários para que os recursos sejam liberados em breve.
"Já solicitei ao vice-líder do governo e coordenador da bancada paranaense, deputado Osmar Serraglio (PMDB), uma reunião com os deputados federais e senadores do Paraná para voltarmos a discutir o assunto.
Essa é uma das principais obras de infraestrutura do Estado e os recursos de início da obra provêm de uma emenda de Bancada, portanto reúne da vontade política de todos os deputados e senadores paranaenses", declarou.
Cida lembrou que recentemente o Conselho de Desenvolvimento Econômico de Maringá (Codem) solicitou uma audiência com a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, para tratar do assunto.
"Ela não pode atender nesta visita a Maringá, mas esperamos estar com a ministra em Brasília para que ela nos leve até a ministra do Planejamento, Mirian Belchior, que pode resolver, pois os recursos para o Contorno não precisam ir à votação no Congresso, apenas o remanejamento dentro do Orçamento", alegou.
O prefeito Sílvio Barros (PP), que dedica o sábado às questões religiosas, abriu uma exceção e, por meio da assessoria, emitiu uma nota. Ele deu a entender que não sabia do problema da falta de previsão orçamentária e disse que vai a Brasília, junto com os representantes do Codem e da Associação Comercial, tentar resolver o problema.
Por telefone, um diretor da Construtora Sanches Tripolon, responsável pela obra, prometeu se manifestar no início da semana, depois de analisar as declarações.

FONTE: http://digital.odiario.com/cidades/noticia

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